terça-feira, 13 de dezembro de 2011

R.I.P. Fabinho (Quatro Sete/Wizard Head)

Infelizmente retomo os trabalhos do IRZ com uma nota absurdamente triste!

Sexta-feira passada, dia 9/12/11, Indaiatuba perdeu outro ícone da cena local: Fábio Fernandes Garcia, o Fabinho, baixista do Quatro Sete, faleceu após uma cirurgia no Hospital Santa Ignês.

A causa da morte ainda não foi divulgada, mas suspeita-se que o músico tenha contraído alguma infecção (alguns dizem até que pode ter sido no SWU), pois havia dado entrada no hospital uma semana antes, com diarréia e vômitos. Como seu quadro de saúde não melhorava significativamente, os médicos decidiram realizar uma cirurgia exploratória, porém, um dia após o procedimento, que não revelou nada e só serviu para coletar material para análise, Fabinho sofreu morte cerebral, seguida de falência múltipla dos órgãos.

Fabinho estava com 36 anos e havia acabado de finalizar suas partes na gravação do primeiro disco do Quatro Sete ao lado do irmão Diego (vocal), do guitarrista Lucas (ex-Midway) e do Maurão, batera do T-Zero. Todas as músicas, riffs, letras e melodias foram compostas pelo Fabinho (galera do 47, que tal lançar esse CD em um festival tributo ao Fabinho, com jams da galera dos anos 90? Dou uma força na divulgação na imprensa local se precisar!)!

A empolgação dele por estar de volta à cena era imensa e, quem cruzou com ele na final do Festival de Rock este ano, só viu sorrisos, alegria e energia! Além de se classificar para a final do Festival pela primeira vez, o Quatro Sete fez seu primeiro show “completo” no mesmo dia da final (23/10), com o Insure Now, no Plebe, a convite meu! Ao fim de sua apresentação, absurdamente feliz, ele me agradeceu imensamente pelo convite, como se eu fosse o organizador do Woodstock, apesar do role ter sido bem humilde! Sinto-me orgulhoso por isso, mas isso não diminui em nada a dor por sua perda! Parecia que, após gravar seu primeiro disco, tocar pela primeira vez na final do Festival de Rock e depois fazer seu primeiro show no “bar de rock” da cidade, Fabinho dava sua missão no rock por cumprida!

Em seu velório, 99% da cena rocker de Indaiatuba dos anos 90 estava presente. Uma maneira irônica e, ao mesmo tempo, triste de conseguir reunir tantos talentos da nossa cidade. Somente um cara como o Fabinho era capaz disso! Polêmico e de opiniões fortes, vira e mexe ele soltava uma na internet que deixava o povo de cabelo em pé (rs). Porém, seu lado camarada e brincalhão era o que imperava! Quem conhecia, sabe bem do que estou falando!

A galera “nova” da cena não tem noção de quem era ou quem foi o Fabinho para a cena da cidade. Para estes, seguem estas duas informações, fornecidas por ninguém mais, ninguém menos, que o Boi Slayer (este todo mundo conhece, né?). Isso vai dar a noção da importância desse camarada pra nossa cena:

- o Fabinho foi o primeiro vocalista do Wizard Head, a primeira banda de Heavy Metal de Indaiatuba que se tem registro, em 1990;

- ele também foi o cara que apresentou o Metallica pro Boi (Essa me arrepiou!!!).

Fabinho deixa dois filhos pequenos (2 e 5 anos), a esposa Márcia (meus sentimentos), e um enorme vazio no Rock Indaiatubano!

Links relacionados:

- Quatro Sete
- Wizard Head

9 comentários:

  1. Conheci mto pouco!
    Mas ja vi a paixão, alegria e força de vontade de fzer um som massa!
    É isso q fica em minha cabeça =)

    Meus sentimento a família!!

    Bora organizar um evento em nome do Fabio \o\

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Valeu o registro, Léo.

    Não tenha dúvidas que nós vamos terminar o disco com o maior cuidado e carinho do mundo. O Fábio vai viver pra sempre através da arte dele.

    E você sabe que você vai ser um dos primeiros a saber assim que as coisas andarem.

    Abraço.

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  4. Oi Léo,

    Só pra incluir na lista:
    O Fabinho foi quem me apresentou Avenged Sevenfold, Machine Head, Volbeat, entre outras bandas...

    O último episódio do Wikimetal (http://bit.ly/u29rag) foi em homenagem à memória do Fabinho como fiz questão de dizer no fim do episódio.

    Abração, Daniel.

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  5. Fabinho, além de amigo querido, era par mim uma referencia musical... sabe aquele cara que vc pensa logo que ouve algum som novo, uma banda bacana?

    Mas o fato é que raramente o cara era surpreendido por alguma destas minhas "novidades"...

    "- Já ouviu isso, bixo?" (crente que estava apresentando uma pérola!)

    "-Putz, isso é massa... tenho cd em casa..." (e lá ía eu cabisbaixo embora).

    Era cara ligado na cena, uma pessoa que não tinha preconceitos... principalmente musicais...

    R.I.P. Fábio Garcia!

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  6. Tive a sorte de tocar com o Fabinho em uma das primeiras bandas de rock que fiz parte, o Blackened.

    Mais ou menos 14 anos se passaram, e uma das coisas dele que ficam registradas pra mim é a humildade que sempre teve, mesmo sendo tudo isso que o Léo disse. E a vontade inquieta de evoluir... ultimamente, mesmo nos vendo menos, nos falávamos pela net e ele me mandava as gravações dos ensaios, as demos, pedia opiniões...

    Sem contar no grande amigo... só quem teve essa sorte de tê-lo por perto sabe. Agradeço muito por ter tido. Simbora fazer shows, CDs, homenagens e homenagens pra esse cara, ele merece demais.

    Abraço Léo, e parabéns pela bela homenagem!

    Daniel Conti

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Vocês compartilhando esses depoimentos aqui é a maior homenagem de todas! Além do registro para o Rock da cidade! VALEU!

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  9. Fabinho é um exemplo pra nós todos e principalmente pra essa mulecada metida a roqueiro superstar !!! Um dos primeiros caras a ter banda de rock pesado na cidade a mais de 20 anos e um dos unicos daquela época que continuou tocando ate os dias de hoje, sem preconceitos musicais e sem parar no tempo!!
    Fica meu máximo respeito ao "CHEFE" (como costumavamos chama-lo no estudio) e tenha certeza que terminaremos esse disco com muita dedicação pois sabemos quanto era importante pra ele o registro dessas musicas!!

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