sexta-feira, 7 de agosto de 2009

T-ZERO EXCLUSIVO!!!

As primeiras 8 faixas do novo CD

Pronto ele está desde 2007. Data pra sair não tem. Aliás, esse play ganhou do “Chinese Democracy” do Guns n’ Roses em “tempo de espera”. Tretas à parte, o IRZ teve acesso exclusivo a oito faixas do “Diversão Garantida no País da Sacanagem”, o segundo disco do Tolerância Zero, sucessor do inovador e genial “Ninguém Presta”. Ele é esperado há pelo menos uns oito anos pela cena brasileira do rock alternativo. Com um hiato desses, ninguém acreditava que a banda fosse capaz manter o gás de seu primeiro trabalho. Mas esse gás não foi só mantido, como teve uma adição de nitro! E bota explosão nisso! Eles estão absolutamente melhores, mais pesados, mais criativos, mais melódicos (sim e eu também acho isso incrível), mais “maduros” (odeio essa palavra), mais tudo o que você quiser imaginar! Sem desmerecer, essas oito faixas fazem o “Ninguém Presta” parecer uma brincadeira de adolescente rebelde (sem causa)! Quem convive com os caras é bom começar a se despedir deles, pois quando esse play sair, os caras não vão mais parar de fazer show (eu espero). Ricos, não sei se vão ficar, mas com absoluta certeza eles vão conseguir abalar a bundamolisse da cena rock brasileira, infestada por NX Zeros e Pittys da vida. É sério: não tem nada melhor que eles na cena brasileira atual! Chega de blá blá blá, já que já paguei muito pau (e eles vão me zoar com certeza) e vamos logo às faixas:

- Situação Brasileira:
o título do play saiu desse som. Um riffão nervoso abre a faixa e logo de cara você já sente a pegada do Maurão na batera. A letra é uma crítica fodida à “situação brasileira ‘bundalelê’”! O vocal do Campa ficou melhor. Claro, mais velho, mais malandrão! E isso deu um quê muito especial nas vozes, não só nessa, mas em todas as outras músicas.

- Lado Bom: essa é aquela que será chamada de “a faixa de trabalho”. Praticamente um rap com uma guitarra swingada fazendo o fundo. O trabalho de baixo também é incrível, mostrando que os anos tocando Rage Against the Machine fizeram do Thiago um puta baixista! O refrão é a principal novidade aqui com uma melodia bem fácil de cantar e com Campa pagando uma de cantor de verdade. Mesmo com essa “comercialisse”, a música ainda é pesada e agressiva. O fim descamba pra um falatório frenético com um “riff de um acorde só” nervosão.

- Reverendo Karabina: Santo Funk! Os slaps espertões abrem esse som que tem uma levada até que alegrinha com uma melodia legal. Tem uma ponte que é puro funk setentista que antecede o refrão. Aí que o caldo engrossa, com aquele riffão nervoso no estilo que só o Pé é capaz de fazer e com o Campa berrando como se tivesse fumado um maço de Belmonte enquanto tomava uma garrafa de Old Eight. Ainda tem uma quebradera com o baixo dominando, mostrando que, tecnicamente, o Thiago é o melhor “músico” da banda.

- Cabaçada:
essa é a historinha de amor, a balada... Só se for uma balada de uma ponto 30 no meio da sua cabeça! É uma mistura da “Ninguém Presta” com a “Quem é normal?”, rápida e direta, sem frescura. A letra conta a história de um cara que catou uma puta e saiu por aí se achando! Já to vendo os circle pits abrindo nos shows...

- Cidadão Social: tensa! Os riffs são feitos todos em cima de bends, dando um nervosismo incrível. A levada é lenta e pesada! Não escute quando estiver com dor de cabeça. A letra é uma das melhores, passando a mão na cabeça do “playboy way of life” que empesteia as baladas e os barzinhos. Sabe aquele cara que só pensa no status que o dinheiro dá, que se mata pra ter um trampo que os outros paguem pau, uma família certinha e um carro do ano na garagem? Coitado dele!

- Mate Um Puritano: essa já é apresentada nos shows (assim como algumas outras) há algum tempo. Típico som do T-Zero. Levada malandrona, letra “dedo na ferida”, riff nervoso, batera que você não sabe como a pele da caixa ainda não estourou e o baixo só marcando o peso! “Cuidem de suas próprias vidas”, grita o Campa no que poderíamos chamar de “breakdown” no fim do som. Diz tudo!

- Nada: o riff que abre esse som é aquele que bate na sua cabeça quando você está chapado! É um rap, o baixo que leva o som. Pesadão, me lembrou o Black Sabbath, por incrível que pareça. Depois do segundo refrão tem uma parte que lembra muito aqueles sons do Titãs dos Anos 80, que descamba pra uma gritaria do Campa, “Nada! Já não presta pra nada.”

- Trilha: essa me lembrou os tempos do new metal, do fim dos Anos 90. Uma mistura de Limp Bizkit (nos versos) com Deftones (no refrão). A letra mais uma vez é o destaque. Aliás, cada letra legal... Só fazendo uns rolês com os caras pra entender a genialidade que eles descrevem o mundo a sua volta. O final fica nervosão, com uns efeitos na voz. Coisa fina!

* alguns desses sons estão disponíveis no MySpace deles! Clique aqui e acesse!

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